Funcionário do Ministério da Justiça enviou mensagem para o telefone do ministro pelo aplicativo, acreditando que estava falando com ele.
BRASÍLIA - O hacker que invadiu o aparelho celular do ex-juiz e ministro da Justiça Sergio Moros e passou por ele no aplicativo Telegram e conversou com seus contatos, de acordo com provas obtidas pela Polícia Federal (PF)no inquérito que apura a onda de invasões contra Moro e autoridades ligadas direta e indiretamente à Operação Lava-Jato.
O caso ocorreu no dia 4 de junho, quando Moro tornou pública a informação de que tinha sido alvo de um ataque hacker. Às 21h17 daquele dia, um funcionário de Moro no Ministério da Justiça mandou uma mensagem para o telefone do ministro pelo aplicativo Telegram, acreditando que estava falando com ele. "Boa noite. O que achou dessa matéria?", perguntou o funcionário ao suposto hacker, encaminhando o link de uma reportagem publicada no site do ministério. O falso Sergio Moro respondeu protocolarmente: "Vou ler".
O hacker também conversou brevemente com um jornalista da "Gazeta do Povo", que abordou a falsa conta do ministro ao receber uma notificação de que Moro havia instalado o Telegram em seu aparelho.
O ministro já afirmou que deixou de usar o Telegram em 2017, tendo apagado sua conta naquela ocasião. Por isso, afirma sua assessoria, não havia dados possíveis de serem copiados pelo hacker durante a invasão.
A Polícia Federal abriu inquérito para investigar as invasões e tentar rastrear o hacker responsável pela iniciativa. A apuração ainda está em andamento.
Fonte: O Globo
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