A quem interessa uma Guarda Municipal desarmada? Não consigo entender o que pode fazer um “gestor” público não garantir a segurança da população de sua cidade. Em épocas em que o dia é somente do caçador, é difícil de acreditar que uma cidade possa viver ou sobreviver com um órgão da segurança pública sem armamento, sem estrutura. O caçador (bandido) está à solta, mais armado do que nunca, e a caça (vítima) está à mercê da falta de segurança. Restando apenas torcer para não ser a próxima vítima. E até quando a população será vítima deste descaso? O único interessado em manter um profissional da Segurança Pública desarmado, sem estrutura é o próprio bandido, no mínimo seu cúmplice. Esta é a triste realidade de nossos dias. Se correr o bicho pega e se ficar o bicho come!
Claro que me refiro especificamente ao município de Colombo, com mais de 250 mil habitantes, o 8º maior colegiado eleitoral do Paraná, entre tantos outros adjetivos, mas com alguns defeitos, como em tantas outras cidades. A Segurança Pública é primordial para a garantia da ordem da sociedade. A falta dela é a garantia da instalação do mal.
Mas o que garante que uma Guarda Municipal esteja armada? A lei 13022, de 8 agosto de 2014, sancionada pela ex- presidente Dilma Roussef, garante o porte de arma a estes profissionais.
Lei 13022 8 de agosto 2014:
Art. 16. Aos guardas municipais é autorizado o porte de arma de fogo, conforme previsto em lei.
Parágrafo único. “Suspende- se o direito ao porte de arma de fogo em razão de restrição médica, decisão judicial ou justificativa da adoção da medida pelo respectivo dirigente”
A partir desta nova norma, as guardas municipais foram inseridas no sistema nacional de segurança pública, e ganharam o direito do porte de arma e o poder de polícia. O objetivo é garantir a proteção tanto ao patrimônio como a vida das pessoas. Mas como garantir a segurança se não dá para garantir a sua segurança e a do próprio efetivo?
Uma cidade que não investe em Segurança Pública, Saúde e educação não está preparada para crescer, aliás, está apenas aguardando a falência múltipla e o seu velório. E torno a questionar: A quem interessa uma Guarda Municipal (GM) desarmada? Por que não armar a GM? Como já dizia meu saudoso amigo, Vanderlei Portela: “Perguntar não ofende!”.
Por Rodrigo Guilherme
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