No dia 06 de Junho o GAECO em parceria coma Corregedoria da Polícia Militar, realizou uma operação aonde prenderam um policial militar da Cidade de Colombo, que até então o nome e aonde este policial servia não havia sido disponibilizado para a imprensa, mas com exclusividade o Jornal Rede Jovem, falou com o 1° Tenente Felipe Hess da Corregedoria PMPR, que nos deu novos detalhes, sobre a operação.
O nome do Soldado é Alan Lima de Oliveira, o qual ingressou na Corporação em 30/11/2011. Ele servia na 1° CIA do 22° Batalhão.
“O cumprimento dos mandados foi a última fase da investigação desencadeada pela própria Corregedoria da PM com apoio do GAECO, sendo que o inquérito policial foi remetido à Justiça, a quem compete o processamento criminal dos envolvidos. Também destaco que está sendo instaurado um processo administrativo interno da PMPR para apurar a situação funcional do Soldado.” Disse o Tenente Felipe Hess ao Jornal.
O soldado segue preso e deve ser expulso da corporação, após a conclusão do processo administrativo interno da PMPR.
Relembre o Caso:
Durante a operação Dimitrius, desencadeada pela Corregedoria-Geral da PM – com apoio do Grupo de Atuação e Combate ao Crime Organizado (GAECO), do Ministério Público e do Juizado de Colombo – foram cumpridos 28 mandados judiciais, dos quais 16 eram de Busca e Apreensão, 10 de Prisão e duas conduções coercitivas. A ação, que ocorreu desde as primeiras horas desta terça-feira (06/06), visou desmantelar uma organização criminosa suspeita de envolvimento em roubos a residências de luxo e a cargas, receptação e homicídios qualificados no Paraná e em Santa Catarina. Três policiais militares foram conduzidos, além de outras sete pessoas, cidadãos comuns. Um dos mandados de prisão foi cumprido no estado catarinense.
“Uma instituição da envergadura da Polícia Militar do Paraná, atuando em área crítica, terá problemas, mas diante das situações que se apresentam, a própria corporação lança mão de todos os recursos disponíveis para sanear os seus quadros buscando o absoluto respeito aos ditames constitucionais, humanitários e de compromisso social com o povo paranaense”, disse o Comandante-Geral da PM, coronel Maurício Tortato.
A investigação da Corregedoria-Geral da PM iniciaram-se há três meses com o levantamento de informações sobre a atuação dos envolvidos em crimes. Em março deste ano, a denúncia feita por uma das vítimas do grupo alavancou os trabalhos e auxiliou na identificação dos possíveis integrantes da organização. Após a compilação dos documentos necessários e para que fosse possível deflagrar a operação, a Coger solicitou, ao Poder Judiciário, a emissão dos mandados judiciais e foi atendida prontamente.
Segundo informações da Coger, o grupo atuava em Curitiba e Santa Catarina, promovendo roubos e furtos a residências, empresas e a cargas de alto valor, bem como praticava receptação de materiais e cometia homicídios qualificados. Além disso, há a suspeita de envolvimento da organização no roubo a um carro forte na Rodovia do Xisto no fim de maio deste ano, na cidade de Contenda.
Os cumprimentos judiciais iniciaram-se às 6 horas, com apoio de equipes do Batalhão de Operações Especiais (BOPE), do 22º Batalhão de Polícia Militar (22º BPM), pertencente ao 6º Comando Regional da PM (6º CRPM) e da Polícia Civil de Santa Catarina. As ações foram concentradas nas residências e estabelecimentos comerciais dos suspeitos em Curitiba, São José dos Pinhais, Piraquara, Colombo e em Santa Catarina.
Ainda segundo informações da Coger, as equipes apreenderam um veículo furtado e um carregador de pistola na casa de um policial militar, o qual tinha um mandado de prisão em aberto; um rádio comunicador e um colete balístico (não pertencentes à Polícia Militar) estavam na casa do segundo militar estadual; e munições de origem paraguaia na residência do terceiro policial militar. Em uma das abordagens, a esposa de um dos militares estaduais foi encaminhada ao ser flagrada com notas de dinheiro falsas. Ela foi conduzida à Superintendência da Polícia Federal de Curitiba.
De acordo com as informações da Coger, os policiais militares detidos serão encaminhados a um batalhão de Polícia Militar e submetidos ao rigor da lei em virtude dos materiais ilícitos encontrados em suas respectivas residências. A Coger também informou que paralelamente a isso, com as informações do relatório da operação, será aberto um processo administrativo para verificar a permanência ou não dos profissionais na corporação.
DIMITRIUS – O nome da operação foi inspirado no modus operandi do Navio Dimitrius que atuava no transporte de materiais ilícitos entre a Turquia e Itália (assemelhando-se à atividade do grupo entre Paraná e Santa Catarina) e tinha o envolvimento de autoridades portuárias das nações em questão, de igual modo como a PM do Paraná apontou o suposto envolvimento de seus integrantes no esquema criminoso.
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