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Burguesia do Batel enfrenta Fruet e lança campanha “O Granito é Nosso!”


Stephanes Jr, Chicarelli e Aguayo se reuniram ontem no badalado Taj Bar, na Rua Bispo Dom José, no Batel.
Stephanes Jr, Chicarelli e Aguayo se reuniram ontem no badalado Taj Bar, na Rua Bispo Dom José, no Batel. “O Granito é Nosso!”, brindavam.
Os comerciantes e burgueses da Rua Bispo Dom José, no Bairro Batel, em Curitiba, se reuniram na tarde de ontem (14) no badalado Taj Bar. O encontro regado de chope bem gelado e bom camarão definiu a estratégia dos endinheirados: enfrentar na Justiça o prefeito Gustavo Fruet (PDT), que determinou a paralisação das obras na mais polêmica avenida do mundo.
Sob a liderança do deputado estadual do canudinho, Reinold Stephanes Junior (PMDB), novo discípulo da petista Gleisi Hoffmann, ministra-chefe da Casa Civil, e do vereador José Carlos Chicarelli (PSDC), representante dos donos de bares na Câmara Municipal, os burgueses do Batel resolveram radicalizar ao lançar a campanha “O Granito é Nosso!”.
Para você que está chegando agora, a polêmica é a seguinte: a RPC TV/Gazeta do Povo fez reportagem sobre a colocação de pedras de granito na calçada da Rua Bispo Dom José. O metro quadrado teria valor de R$ 190 enquanto o paver, utilizado em calçadas de outros bairros mais pobres, custaria seis vezes menos.
Pois bem, a burguesia do Batel se sente traída pelo prefeito. Diz que votou em Fruet na última eleição e reclama que nunca pediu para colocarem granito na calçada. Se a obra parou, portanto, ameaça, caberá pedido na Justiça de indenização ao comércio. Os comerciantes falam em milhões de prejuízo dos estabelecimentos da região do Batel. Ou seja, o molho poderá custar mais caro que o peixe no final das contas, alerta o advogado Clóvis Costa.
O presidente da Associação de Bares, Fabio Aguayo, desconfia que a polêmica do granito seja falsa. Ele acha que a mídia e a prefeitura estão querendo desviar a atenção de outros problemas maiores da cidade, como as caixas-pretas no transporte coletivo, no ICI (informática), nos radares de multa, etc. “O prefeito não pode governar, retroativamente, com um jornal debaixo dos braços”, critica.
“Se abrirem as caixas-pretas sobra dinheiro para colocar calçadas de granito daqui até a Lua”, ironiza Aguayo, dizendo que ainda que, se suspender os contratos nocivos ao município, daria para fazer calçadas de granito em todas as ruas de Curitiba, inclusive no Tatuquara, na Cidade Industrial de Curitiba (CIC), no Boqueirão e no Pinheirinho.

postagem Esmael Morais

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